Irmão de policial assassinado cobra justiça e prisão do prefeito assassino

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O empresário Gledson Santos, irmão do policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos, assassinado no último dia 6, durante uma festa de vaquejada em Trizidela do Vale, no interior do Maranhão, voltou a cobrar publicamente que a Justiça decrete a prisão do prefeito de Igarapé Grande, João Victor Peixoto Moura Xavier, autor confesso do crime, que segue em liberdade.

Em entrevista nesta segunda-feira, 14, Gledson afirmou que a família ainda está em estado de choque e sofrimento com o crime, mas também indignada com a demora do Tribunal de Justiça do Maranhão em decretar a prisão do acusado. “Estamos aguardando o posicionamento da Justiça. O delegado informou que o pedido já foi feito, mas até agora o Tribunal não deu retorno. Queremos justiça. Meu irmão foi executado e o autor do crime está solto”, declarou.

Segundo ele, o delegado Márcio Leles, responsável pela investigação, já ouviu testemunhas, coletou imagens do local e enviou à Justiça o pedido de prisão com o apoio do Ministério Público. “O delegado está fazendo o que lhe cabe, mas falta o Tribunal cumprir a parte dele. Estamos esperando o mandado ser expedido”, completou.

O prefeito João Victor prestou depoimento na Delegacia Regional de Presidente Dutra no dia seguinte ao crime e confirmou ter atirado contra o policial. Ele alegou legítima defesa, dizendo que teria sido ameaçado pelo PM, que estaria armado e embriagado. No entanto, testemunhas relataram versão diferente, afirmando que Geidson apenas reclamou do uso do farol alto do carro do prefeito e foi atingido pelas costas.

O comandante do 19º Batalhão da PM, tenente-coronel Claudiomiro Aguiar, também contestou a tese de legítima defesa. Segundo ele, as informações colhidas no local do crime indicam que o policial, que estava de folga, foi surpreendido pelos disparos após ter pedido para que o prefeito baixasse a luz do farol do carro.

O Departamento de Homicídios da Polícia Civil investiga o prefeito por homicídio e porte ilegal de arma de fogo. A arma usada no crime, segundo o próprio João Victor, não tem registro e teria sido dada por um eleitor já falecido, em Pernambuco. Após os disparos, ele abandonou o revólver no local e fugiu dirigindo o carro da namorada.

A família do PM Geidson, colegas de farda e autoridades locais aguardam o posicionamento do Tribunal de Justiça do Maranhão.

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