Gestão de Walace Azevedo em Icatu sob suspeita por contrato milionário com escritório de contabilidade
As contas da prefeitura de Icatu, sob a gestão do prefeito Walace Azevedo Mendes, estão no centro de uma polêmica envolvendo gastos que levantam suspeitas de seletividade e superfaturamento. Um levantamento exclusivo revela um contrato milionário com um único escritório de contabilidade, a P C P DE ASSUNÇÃO CONSULTORIA CONTABIL, que já recebeu dos cofres públicos a impressionante quantia de quase R$ 1,8 milhão nos últimos anos. A contratação inicial, vale ressaltar, ocorreu por meio de inexigibilidade de licitação, um mecanismo que dispensa a concorrência e que deve ser utilizado apenas em casos excepcionais.
Os números, detalhados em planilha, mostram uma crescente nos repasses anuais para a empresa de CNPJ 10.548.110/0001-46, culminando em um total de R$ 1.757.017,30. Somente em 2024, o valor pago à P C P DE ASSUNÇÃO CONSULTORIA CONTABIL foi de R$ 486.387,20, quantia que acende um alerta sobre a razoabilidade dos preços praticados. Para o ano de 2025, já foram empenhados R$ 187.072,00.
| Ano | Valor Repassado |
| :— | :— |
| **2025| R$ 187.072,00 |
|2024| R$ 486.387,20 |
|2023| R$ 443.558,10 |
|2022| R$ 320.000,00 |
|2021| R$ 320.000,00 |
|Total| R$ 1.757.017,30 |
A questão que se impõe é: o que justifica um gasto de tal magnitude com um único fornecedor de serviços contábeis? A título de comparação, em outros municípios maranhenses de porte semelhante, os valores destinados a contratos da mesma natureza costumam ser consideravelmente inferiores. A própria Câmara Municipal de Santa Helena, por exemplo, contratou os serviços da mesma P C P de Assunção por R$ 154.072,56, um valor expressivamente menor que os pagos pela prefeitura de Icatu.
A modalidade de contratação inicial, por inexigibilidade de licitação, agrava as suspeitas de favorecimento. A lei de licitações prevê que este recurso seja utilizado apenas quando há inviabilidade de competição, o que não parece ser o caso para serviços de contabilidade, amplamente disponíveis no mercado. Essa escolha da gestão municipal por um caminho que evita a concorrência levanta sérios questionamentos sobre a transparência e a economicidade na aplicação dos recursos públicos.
Até o momento, a prefeitura de Icatu não se manifestou sobre os critérios que levaram à escolha da P C P DE ASSUNÇÃO CONSULTORIA CONTABIL e à definição dos valores pagos. A falta de esclarecimentos à população de Icatu apenas adensa a névoa de dúvidas que paira sobre a gestão do prefeito Walace Azevedo Mendes, que tem o dever de zelar pelo bom uso do dinheiro do contribuinte.
Este blog continuará a investigar o caso, buscando respostas da administração municipal e dos órgãos de fiscalização, como o Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), para garantir que a transparência e a responsabilidade prevaleçam na gestão pública de Icatu.